Sem ilusão...
Má Oliveira
Aquela, nuvem,
prenuncio que esta tempestade
interna chegaria,
não me
mentia...
como se o "pra
sempre" pudesse durar...
chegou o sal na boca,
e o que restava da alegria,
fez enferrujar...
e eu que sonhava,
um jeito de me
poupar...
não pude evitar...
nem meu anjo da guarda
aguentou por
perto ficar...
sem me
reconhecer,
nem pronta para recomeçar...
esperança me
enche de cobranças,
e feito
criança,
recusa-se
a meia-luz continuar,
obriga-me a levantar.
Ela não entende
que com esse peso todo
não dá pra
voar...
exige as cores da minha vida mudar...
a ilusão não
permite eu alimentar!
Quanto a você,
só pra constar:
sua semeia foi
próspera
com lágrimas de sangue regada,
com teu cinismo
adubada,
a hora da sua colheita é
chegada...
estremeço só em pensar,
mas este fardo não te ajudarei a carregar...
"eu te desejo o suficiente"
já deve bastar,
pros teus pecados você começar a pagar!
entre os que eu disse amar,
você é o único,
que nos olhos,
está me dando nojo olhar...