Sonhos ao vento...
Má Oliveira
tantas vezes rezei
mesmo sem ter certeza se era ouvida...
tão
pouco pedia...
dessa areia nas vistas,
precisava me livrar...
a voz, voltar a
soltar
Pelo milagre segui esperando...
mesmo que fosse um breve momento de
paz
e que ele me viesse antes
do "aqui jaz"...
de repente,
você na vidraça...
enchendo minha alma de leveza e
graça...
pelas grades,
te estendo a mão
descuidada
desperto o
dragão...
e então me pego assim...
com esse som de fim de festa...
e essa
bagunça amontoada em mim...
o olhar da vidraça desviando...
pra não te ver
o vôo
levantando...
e você,
inocentemente,
com teus
movimentos,
delicadamente,
agitas o vento
e meus sonhos vai
levando...
Publ. Recanto das Letras - 11/01/2010 - Cód Texto T2024117