ESTOU AQUI
Jorge Linhaça
 
Navegando o mar da solidão
Contando estrelas a te procurar
E o minuano a soprar-me no peito
Fustigando o meu coração.
Volta o tempo, inverte-se a roda
No mar a ressaca grita a saudade
 
O azul dos meus olhos, opaco se mescla
Entre o céu e o mar hoje acinzentados
Procura o brilho perdido no tempo.
 
Mas passe o tempo que passar
Ou soprem os ventos enfurecidos
Ainda assim hei de aqui ficar
À espera da roda do tempo.
 
Arandu, 23 de agosto de 2009