Avenidas
Sandra Ravanini
Até que o dia dissesse ao anil
que era a sua hora de dormir,
bebeu a danação e o desvario
do adocicado e frio elixir.
Inda mais quisera o dia ousar
na paisagem esquecida,
e a andorinha ourava o solar
ebriando o sono e a avenida.
Despertar a noite que prateia
àquele insone viajante,
rumando o beijo que vagueia
pra rua pintada de amante.
Até que a noite ornasse o breu
com seu colar de diamante,
bebeu Campinas o apogeu,
pousando o Éden ao viajante.
28/11/2007