Dedicado à amiga Clélinha
e sua linda estória de amor.
Primeira formatação da Clau Dutra
Enfim Maria
Má Oliveira
Bastou um encontro leve,
quase furtivo,
com a graça do teu olhar expressivo
pra se tornar um ato repetitivo,
instintivo,
necessário.
Reação automática, fugir,
te repelir.
Me proteger.
Te agredi. Por susto...
Medo de não resistir
Instalou-se em mim
uma saudade insistente,
por vezes impertinente,
absurda!!
Teu jeito moleque
encravado em mim.
Meu peito inflado
por uma saudade inconveniente.
Exigente.
Fazendo sofrer.
Eu, apavorada,
clamando pelo meu bom senso.
Em meu ringue interior,
uma batalha sangrenta travou-se...
Meus princípios arranhados.
Meus tabus afrontados
Meu coração
com tua imagem tatuada.
Eu ferida.
Assustada !!
Doendo demais...
Sentimento indefinido,
me encantando!!
A necessidade de ti me incomodando
Um desejo único me comandando
A incompreensão me freando...
O primeiro beijo...
me domando.
Tudo tão rápido, confuso...
tão bom...
Repleto de temores
Regado de tremores
Naquela madrugada
(eu) despudorada
diante da platéia de estrelas
(alucinada)
aceitei a mutação.
A lua nossa cúmplice,
enlaçando-nos, sorria
para assim formarmos,
fora da constelação de Órion,
as mais novas três Marias