anos de foice
empunhada
eu
apavorada...
frio na espinha
...
calada!
como se fosse eu a
errada...
cujo cadáver,
incontáveis vezes
você disse saber
bem como ocultar...
mas "Torres" ruíram teu
altar
a verdade
dolorosa
não deu para
ocultar...
e mesmo olhos que
pingam
conseguiram
enxergar...
ainda que
estalactite venha
a
formar...
confundes fidelidade
com deixar de algo fazer...
mas fidelidade é nem ao
menos este algo querer...
até onde a
inércia
é sinônimo de que
tudo posso suportar?
até quando o
amém,
é o que deve
predominar?
essa tua utopia, chega
a te enganar
nela os espinhos não
ferem,
e letras,
ao se juntarem, nem formam palavras
e se
formam...
nada devem
significar...
mas desta vez,
lamento
não deu pra
segurar
se meu olhar te
gelou
imagine o
inverno
que em mim se
instalou....
Publicado no Recanto das
Letras em 03/06/2008
Código do texto: T1017507