Má
Oliveira
Eu podia te
dizer tanto...
em palavras,
traduzir o meu pranto...
te dizer que
erros novos, não cometeu
que de tudo
quanto já sofri, você nada aprendeu...
Podia te falar
do teu poder em fazer doer
da tua
satisfação em me torturar...
Podia
falar da dor e desespero que estão
estampados em
teu olhar...
que me
transferem a culpa
e quase me faz
perdoar...
Será que é
necessário falar das lágrimas
que não consigo
controlar?
Acho
bobagem te falar da mágoa
que ainda me
tira o ar...
Penso ser
desnecessário te dizer
que as
lembranças boas
insistem em não
se permitirem apagar...
Preciso te
dizer que ontem
eu sabia que
era armação?
Acho que
não...
pois quando não
cheguei sozinha,
foi evidente
sua decepção...
Eu poderia te
contar que naquele instante
seu cheiro
me balançou,
a voz mansa...
o leve toque na minha
mão...
sentimentos na maior confusão...
num rápido
olhar pela casa
seu emocional
retratado...
se eu estivesse
sozinha,
teria
desmoronado...
perdoado...
Mas acho que o
que você precisa ouvir
é que desta
vez, o bom senso e a razão
tomaram conta
da situação...
Preciso
é te contar da saudade que sinto de mim...
É importante que tenhas
conhecimento
que essa reclusão,
permitiu a
reavaliação...
Creio ser
necessário que saibas
que
decepcionou muita gente querida
e no
momento...
elas tomaram as
rédeas da minha vida
e você é pessoa
proibida...
Assim...
não
vislumbro chances das tuas algemas
retornarem pras
minhas mãos...
então...
minha resposta hoje é "não"
Tentando me resgatar...
não dá mais pra adiar...
mas nem adianta tudo
isso falar
pois insistes em não me
escutar...
Publ. Recanto das Letras -
13/08/2010 - Cód T2435487