Sem
Intenção???
Má
Oliveira
Entre
traições, mágoas, dores imensas...
Onde o choro
se fez parceiro e o desespero, irmão....
Tatuagens
na mente
Impedem o
perdão
Mesmo que a
compreensão tarde a chegar
Que o primeiro
ímpeto seja odiar...
As pessoas
entram em nossas vidas,
Tirando tudo
do lugar...
As vezes
premeditadamente,
Outras...
ingenuamente...
É o que
vão falar...
E a desgraça que esse alguem traz Pode ser o
resgate da leveza, da qual nem se
lembrava mais... E se alguem
aos sonhos põe fim Não adianta o
rancor direcionar... Pois este
algoz Pode ter
vindo pra libertar Ninguem passa
sem algo deixar, Ninguem parte
sem nada levar... Se a balança
se equilibrou... então
compensou... Sonho irônico
de conhecer o outro e o seu interior Não conhecemos
nem a nós mesmos Reféns do
dissabor... Surpresa que
magoa e faz retroceder... Expõe
a velha ferida... Mostra o
fungo, que ainda com vida não permite
esquecer... Por armas de
falsa pureza Trago
o peito estuprado Se meu olhar
enxerga maldade O culpado, é o
passado... E ao maldito reflexo do antes, Tristes
ais... vão se achegando... Lições árduas
e desgastantes, aprendidas, me
mutilando... Nossos sentidos não mentem, a simpatia espontânea não fluiu... coração pressente o meu se iludiu...
Antes de algo
dizer Deves as
conseqüências medir Pois podes
destruir sonhos E inocentes
ferir Não se atrevas
ao ponto de fazer o que lhe convém Pois o fardo
do teu ato Não poderás
jogar sobre ninguem Quem dera esse
amor Valesse tanta
dor... E quando lhe
recair O peso da
desordem que desencadeou... Chorarás
lágrimas de sangue... Pelas que de meus olhos rolou... Verás que todo anjo tem um lado negro, que você nunca
imaginou...
imagem
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midi: garfiada do José
Eduardo
Publicado no Recanto das Letras em 22/04/2007 Código do texto: T459780 |